Para garantir a produtividade, a eficiência e a competitividade do Porto de Itajaí nas próximas décadas, nesta terça-feira (16) o Município reuniu trabalhadores portuários e entidades de classe para apresentar um novo modelo de gestão operacional. A expectativa é triplicar a capacidade operacional com um contrato de concessão que garanta investimentos no porto público ao longo de 30 anos.
O prefeito Volnei Morastoni já iniciou essa discussão em Brasília na semana passada quando esteve em audiência com o ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, e o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni e Silva. O governo Federal se comprometeu em realizar um estudo para verificar a viabilidade da proposta apresentada pela administração municipal.
Na prática, o porto se manteria municipalizado, mas a gestão operacional dos quatro berços seria feita pela empresa que vencesse a licitação nos moldes de concessão. O contrato, inclusive, determinará investimentos que deverão ser feitos ao longo dos anos para que Itajaí possa continuar competitivo no cenário nacional e internacional.
Além da aquisição de novos equipamentos, outra grande expectativa é a expansão de áreas e da capacidade de armazenamento, passando dos atuais 100 mil metros quadrados para 308 mil.
“Essa é uma nova perspectiva para o futuro de Itajaí e da nossa atividade portuária. Não abrimos mão de ter uma gestão pública municipal para o Porto de Itajaí, mas entendemos que compartilhar a gestão operacional trará muitos ganhos para todas as partes envolvidas, especialmente aos nossos trabalhadores portuários”, avalia o prefeito Volnei Morastoni.
O atual contrato de arrendamento dos berços 01 e 02 com APM Terminals encerra em 2022. Por isso, a preocupação da administração municipal é justamente desenvolver um novo modelo de gestão para que o porto não deixe de crescer.
A proposta de concessão também será discutido hoje (17) com os vereadores de Itajaí. O encontro será às 15h no plenarinho.
Sobre o porto
Atualmente, o Porto de Itajaí se mantém como o segundo maior movimentador de contêineres do Brasil e é responsável por 5% da balança comercial brasileira. Registrou aumento de 60% na movimentação no primeiro bimestre deste ano e encerrou 2018 com o melhor resultado anual desde 2011.